terça-feira, 17 de novembro de 2015

"Heroes (we could be)", Alesso

Essa canção, de toada lenta, bem melódica, e caracterizada pela voz suave de Tove Lo., foi lançada pelo produtor sueco Alesso no ano passado. E alcançou uma boa repercussão, sendo tocada sempre por aí.


Alesso é um nome ascendente do eletrônico atual e já produziu parcerias com referências de destaque como Tiesto, Avicii, Swedish House Mafia e outros.

Para "Heroes", Alesso recuperou parte de uma música homônima de David Bowie, lançada em 1977.

Ficha técnica
Música: 
Heroes (We could be)
"Banda": Alesso
País: Suécia
Época: 2014

É sampler/versão? A melodia é baseada em Heroes, de David Bowie
Apareceu em uma coletânea de rádio brasileira? Não
Minha avaliação pessoal: Média.

domingo, 15 de novembro de 2015

"Dreaming", Ruff Driverz

Misturar elementos da música folclórica com a base eletrônica/dance não é exatamente uma novidade - ao contrário, é algo que marcou o gênero desde seu início, e ainda é muito feito nos dias atuais. No entanto, nem sempre a coisa sai bem-feita.

Mas em "Dreaming", os Ruff Driverz acertaram a mão.


A inspiração flamenca está nos violões, no espanhol da primeira parte do refrão e até mesmo no nome da cantora - que virou "Arrola" para ajudar a promover a canção, mas na vida real (e artística) é Katherine Ellis.

"Dreaming" fez bom sucesso em 1999 e nos anos subsequentes, mas acabou meio esquecida. É raro a ouvirmos por aí.

Os Ruff Driverz são mais um daqueles casos em que os responsáveis pela obra se uniram apenas para um projeto - no caso, o disco "In-Fidelity"- mas depois não mantiveram o nome, embora ainda tenham larga atividade no ramo da música eletrônica.

Ficha técnica
Música: 
Dreaming
"Banda": Ruff Driverz
País: Inglaterra
Época: 1999

É sampler/versão? Não
Apareceu em uma coletânea de rádio brasileira? Na Balada 2010 e Techno Pan 3, da Jovem Pan
Minha avaliação pessoal: Legal.

quinta-feira, 12 de novembro de 2015

"Real Vibration", Expression of Sound

Não há muitas informações sobre essa música na internet. Sabemos apenas que se trata de um projeto italiano e que a canção é, em larga escala, "inspirada" no sucesso anterior "Want Love", de Hysteric Ego.



A canção emplacou por aqui não tanto como um sucesso comercial - até pela ausência de letras -, mas principalmente por representar algo um pouco mais alternativo para quem desejava uma transição entre os dances convencionais e as techneras (argh) que já apareciam à época.

Cabe lembrar também que a música era a TRILHA SONORA INICIAL DO PARABOLA do Fantasia, programa épico do SBT. Confira você mesmo aqui, num vídeo que traz a participação das hoje globais Fernanda Vasconcellos e Izabella Camargo.

Ficha técnica
Música: 
Real Vibration
"Banda": Express of Sound
País: Itália
Época: 1997

É sampler/versão? É bem baseada em "Want Love", do Hysteric Ego
Apareceu em uma coletânea de rádio brasileira? Techno Pan 1, da Jovem Pan
Minha avaliação pessoal: Legal.

sábado, 7 de novembro de 2015

"From Paris to Berlin", Infernal

Falemos agora de uma música que fez um baita sucesso na metade da década passada: foi lançada em 2004, estourou em 2005 e tornou-se um lema (fracassado) da Copa de 2006.

"From Paris to Berlin" é a obra, produzida pelo duo dinamarquês Infernal.


A música é bem boa, e na minha avaliação teve todos os méritos para se tornar o, até hoje, único grande sucesso internacional do Infernal - eles ainda estão em plena atividade (e já estavam bem antes de "From Paris to Berlin"), mas nunca emplacaram algo tão bem sucedido assim.

A referência à Copa de 2006 é porque, às vésperas daquele Mundial, torcedores da Inglaterra transformaram a canção em seu hino - e o próprio Infernal entrou no jogo. "From Paris to Berlin" virou "From London to Berlin" (lembremos, aquela Copa foi na Alemanha), "my heart is pumping for love" virou "we're gonna win the World Cup"  (!), e "thinking of you" se transformou em "thinking of Roo", citando Wayne Rooney.

Como sabemos, a Inglaterra não ganhou aquela Copa...

Ah, sim: além da versão futebolística, "From Paris to Berlin" ganhou outra adaptação, esta para o contexto asiático - na voz da cantora Shi Xin Hui, virou "From Taipei to Beijing". Vale ouvir.

Ficha técnica
Música: 
From Paris to Berlin
"Banda": Infernal
País: Dinamarca
Época: 2004/2005

É sampler/versão? Não
Apareceu em uma coletânea de rádio brasileira? Na Balada Volume 11, da Jovem Pan, e Comando 97 Volume 8, da 97 FM
Minha avaliação pessoal: Legal.

sexta-feira, 6 de novembro de 2015

"I'm on fire", Vicetone

Talvez o blog quebre um recorde ao abordar essa música: afinal, ela foi lançada no fim de outubro e nós estamos no início de novembro. Coisa nova sempre é bom - e, cabe sempre recapitular, o objetivo do blog é destacar a Dance de rádio de todas as épocas.



Vicetone é uma dupla de DJs/produtores holandeses, os amigos de infância Victor Pool e Ruben de Boer. Eles lançaram seu primeiro trabalho em 2013 e desde então alcançaram rápida e sólida fama na cena do eletrônico europeu, participando de festivais grandes como o Tomorrowland e figurando na badalada lista da DJMag que elege os melhores DJs do mundo.

Assinam outros hits como No Way Out, Angels e The New Kings, e quase sempre apostam na tradicional fórmula do gênero: batidas fortes + vocal melódico feminino.

Como eles ainda estão no início de carreira, fica a torcida para que apresentem obras melhores do que "I'm on fire", que, se não é exatamente uma música ruim (longe disso, aliás), também não é das mais empolgantes. E tem um clipe bem bobinho, com aquelas rebeldias que até comoviam alguém nos anos 1990.

Ficha técnica
Música: 
I'm on fire
"Banda": Vicetone
País: Holanda
Época: 2015

É sampler/versão? Não
Apareceu em uma coletânea de rádio brasileira? Não
Minha avaliação pessoal: Média.

quarta-feira, 4 de novembro de 2015

"Better off alone", Alice Deejay

Grande sucesso, daqueles que tocou até gastar na virada dos anos 1990 para os 2000. E com todos os méritos para tal.



"Better off alone" apareceu em 1999 como obra dos holandeses do Alice Deejay (o nome não tem muita ligação com o que o grupo é na verdade; não, a moça que canta e aparece no vídeo não se chama Alice). Como em muitos outros casos, tratava-se de um coletivo de produtores que se juntava para fazer suas próprias canções, convidando uma vocalista para emprestar voz e rosto ao grupo.

A empreitada gerou um único disco, "Who needs guitars anyway?", e dois outros sucessos: as menos brilhantes "Back in my life" e "Will I ever".

Infelizmente, o sucesso avassalador de "Better off alone" não estimulou os integrantes do Alice Deejay a continuarem com o grupo, então a coisa se desfez.

Mas, vejam só, o resgate da batida de "Better off alone" em "Play hard", de David Guetta, estimulou os holandeses a retomarem os trabalhos. O site oficial do grupo diz que eles estão de volta às atividades, com nova vocalista, até mesmo novo nome (Alice DJ, mais enxuto) e fazendo shows por aí. Torçamos.

Ficha técnica
Música: 
Better off alone
"Banda": Alice Deejay
País: Holanda
Época: 1999

É sampler/versão? Não
Apareceu em uma coletânea de rádio brasileira? Jovem Pan Na Balada, da Jovem Pan
Minha avaliação pessoal: Muito boa.

segunda-feira, 2 de novembro de 2015

"Fat boy", Max-a-Million

Essa é de 1995 e se caracteriza pelo seu jeitão animado, que transpassa toda a música: teclados fortes, vozes boas, pitch acelerado, uma bacana arranjo melódico.


A música estourou bastante naquele ano, mas isso não representou longevidade ao Max-a-Million. Na verdade, até pode-se dizer que "Fat boy" é o único grande sucesso da banda. Parte de seus produtores preferiram se dedicar a outra empreitada - o 20 Fingers, que estaria por trás do megasucesso "Short dick man".

Ficha técnica
Música: 
Fat boy
"Banda": Max-A-Million
País: EUA
Época: 1995

É sampler/versão? Não
Apareceu em uma coletânea de rádio brasileira? Não
Minha avaliação pessoal: Legal.

segunda-feira, 26 de outubro de 2015

"God is a girl", Groove Coverage

Antes da pesquisa para o post, eu poderia CRAVAR que essa música era dos anos 1990. Mais: eu daria certeza que era da primeira metade dos 90. Errei feio, já que se trata de uma obra de 2002.



Esclareço que, neste caso, parecer uma obra dos anos 1990 não é bem um elogio. Porque "God is a girl" resgata a parte ruim das canções daquela época: refrão repetitivo baseado em voz estridente, riff de teclado extremamente agudo... bem, só faltou o rapzinho no meio.

Independentemente do meu julgamento, o que fica é que a obra fez um bom sucesso. Parte disso, creio, deriva de uma polêmica inata à sua criação. Vá lá, ainda há (ou havia naquela época) quem ache que dizer "Deus é uma garota" é algo pra lá de contestador. E como se não bastassem as palavras, a capa do single taca lenha na fogueira.

O Groove Coverage viu em "God is a girl" um passo importante na sua carreira. Foi o terceiro single do grupo, e o grande sucesso sugeria que eles estavam no rumo certo. Mas a coisa não continuou dessa forma tão enriquecedora: a atividade constante permanece, mas sem um hit de tamanha magnitude.

Ficha técnica
Música: 
God is a girl
"Banda": Groove Coverage
País: Alemanha
Época: 2002

É sampler/versão? A melodia do refrão é extraída de um trecho de "Jefferson", do Roxette
Apareceu em uma coletânea de rádio brasileira? Na Balada Volume 9, da Jovem Pan, e Comando 97 Volume 5, da Jovem Pan
Minha avaliação pessoal: Chata.

quarta-feira, 16 de setembro de 2015

"Booyah", Showtek

O post já nasce com uma curiosidade: não é o primeiro para uma música batizada "Booyah". O outro foi para o clássico do Sweetbox, de 1995.

Mas agora estamos falando de algo muito mais recente. Mais precisamente, de 2013. A obra em questão, assinada pelos holandeses do Showtek, não difere da homônima de 1995 apenas por uma questão cronológica: a toada da música, muito mais forte, é também um ponto de separação.


A "Booyah" de 2013 chama a atenção por reunir diferentes elementos em uma só obra. Há uma base vocálica bem interessante, remetente ao reggae; fatores instrumentais e batidas fortes, típicas do eletrônico; e até mesmo uma levada de drum'n'bass, ritmo que fazia muito sucesso na década passada.

O Showtek é composto pelos irmãos Sjouerd e Wouter Janssen e já emplacaram muitas músicas de destaque no cenário eletrônico, inclusive em parcerias de peso com nomes como David Guetta.

Ficha técnica
Música: 
Booyah
"Banda": Showtek
País: Holanda
Época: 2013

É sampler/versão? Não.
Apareceu em uma coletânea de rádio brasileira? Não
Minha avaliação pessoal: Legal.

sábado, 5 de setembro de 2015

"One night in heaven", M People

Essa é mais uma que fez parte da geração "fundadora" das dances de rádio, as lançadas na primeira metade dos anos 1990. Tem um som bem característico da época, com teclados e outros instrumentos dando o tom e uma bela voz feminina comandando o processo. A batida não é das mais agitadas, mas isso passa longe de ser um problema.

Confiram:


O M People não ficou apenas em "One night in heaven". Lançou outros hits, sendo que vocês certamente conhecem "Moving on up". Mas o grupo - que tem esse nome porque era liderado por Mike Pickering - acabou se limitando aos anos 1990, sem progredir muito depois disso. Uma pena.

Ficha técnica
Música: 
One night in heaven
"Banda": M People
País: Inglaterra
Época: 1993/1994

É sampler/versão? Não há uma cópia daquelas incontestáveis, mas a melodia do refrão lembra bem Highware, de Linda Carr
Apareceu em uma coletânea de rádio brasileira? Não
Minha avaliação pessoal: Legal.

terça-feira, 1 de setembro de 2015

"Starlight", The Supermen Lovers

Obra bacana de 2001 que tem como uma de suas principais características a mixagem que, propositadamente, coloca a voz em um volume mais baixo do que estamos habituados. O resultado é uma música em que o elemento vocal parece mais um entre os instrumentais, colaborando para uma boa cadência, uma levada inteligente.

Não à toa, foi um baita sucesso à época de seu lançamento - ainda que não seja das músicas mais agitadas, mais indicadas para encher uma pista.



Apesar do nome no plural, "The Supermen Lovers" é um projeto individual - no caso, do francês Guillaume Atlan. Ele acabou tendo em "Starlight" seu único sucesso comercial. Mas antes e depois da obra, emplacou trabalhos como produtor e fez parcerias interessantes.

Ficha técnica
Música: 
Starlight
"Banda": The Supermen Lovers
País: França
Época: 2001

É sampler/versão? A linha instrumental é sampleada de "The Rock", do East Coast
Apareceu em uma coletânea de rádio brasileira? Não
Minha avaliação pessoal: Legal.

sexta-feira, 28 de agosto de 2015

"No guarantee", Shazam

A eurodance (nome mais técnico para as dances de rádio) tem um elemento curioso: há músicas que seguem o mesmo molde de outras, mas umas saem chatas e outras ficam boas. Vemos isso bem em "No guarantee": embora endosse uma fórmula que deu certo em tantas outras obras, essa não é bem-sucedida.



Não hã muita informação sobre "No guarantee", nem sobre seus autores, o Shazam, na internet. Sabe-se apenas que é um grupo alemão e que, até segunda ordem, não emplacou muita coisa além dessa obra.

Bem, se fosse pra fazer músicas similares a "No guarantee", melhor ficar só por aí mesmo, né não?

Ficha técnica
Música: 
No Guarantee
"Banda": Shazam
País: Alemanha
Época: 1994

É sampler/versão? Não, mas um trecho lembra "You got it", de Roy Orbison
Apareceu em uma coletânea de rádio brasileira? As 7 Melhores Volume 2, da Jovem Pan
Minha avaliação pessoal: Chata.

quarta-feira, 26 de agosto de 2015

"Gótik", Jason Bralli

Assim como outras que já passaram por aqui, considero essa uma das melhores da história do gênero. E é obra de um brasileiro.



"Gótik" é de 2000 e, naquele e no ano seguinte, foi um sucesso arrebatador. Quebrou duas barreiras: a de ser brasileira, raridade no gênero, e a segunda é pelo fato de ter uma levada um pouco mais, digamos, pesada do que a habitual para as dances de rádio. Até hoje é tocada por aí.

Seu autor, Jason Bralli, acabou por não alcançar outros sucessos comerciais do mesmo peso de "Gótik". Antes da obra já mantinha uma sólida carreira como produtor e DJ, que se consolida até os dias atuais.

Grande, grande música.

Ficha técnica
Música: 
Gótik
"Banda": Jason Bralli
País: Brasil
Época: 2000/2001

É sampler/versão? A linha instrumental e a parte cantada são extraídas de "On the other side", do grupo alemão Silke Bischoff
Apareceu em uma coletânea de rádio brasileira? Na Balada 5 e As 7 Melhores 2003, ambos da Jovem Pan e Comando 97 Volume 2, da 97 FM
Minha avaliação pessoal: Muito boa.

domingo, 23 de agosto de 2015

"I don't need your love", Angelina

Angelina apareceu na segunda metade dos anos 1990 com a obra-tema deste post e outras que emplacaram bem, como "The tidy is high" e "Release me".

Em todas empregava o mesmo estilo: a combinação entre sua voz estridente (é boa, mas não neguemos que é estridente), batidas que alternam o forte e o intermitente e aquele barulhinho 'espacial' que apareceu naqueles tempos e acabou não indo muito para a frente.

É um estilo, sem dúvida, muito parecido com o de Lina Santiago, que já apareceu aqui.



Pois bem, o tempo passou e Angelina deu aquela sumida que, infelizmente ou felizmente, afeta muitos artistas (e o dance de rádio é um dos gêneros mais propícios para tal). O curioso é que ela mudou completamente sua vida: hoje, Angelina é uma professora de ensino médio na cidade de San Jose. Último recurso de quem não tinha mais fama? Nada disso! Em uma reportagem na qual conta sua nova trajetória, Angelina fala que, embora curtisse o sucesso e o mundo da música, dar aulas sempre foi o seu maior sonho. Curioso, não?

Ficha técnica
Música: 
I don't need your love
"Banda": Angelina
País: EUA
Época: 1996

É sampler/versão? Não
Apareceu em uma coletânea de rádio brasileira? Na Sequência Máxima, da Jovem Pan, 
Minha avaliação pessoal: Média.

sexta-feira, 21 de agosto de 2015

"One night in NYC", The Horrorist

Essa canção tem um mérito raríssimo, talvez único no gênero das dance de rádio: ela é mais famosa pela sua letra do que pela melodia.

A letra em questão é controversa pra caramba. Creio, aliás, que geraria mais barulho se fosse lançada nos dias atuais. Resumindo, conta a história de uma garota de 15 anos de Nova Jérsei que foi curtir uma noite de balada em Nova Iorque. A música relata a combinação com os amigos, uma bebedeirinha de leve, a curtição em uma balada e...

... e aí o bicho pega de vez após ela acompanhar um rapaz até o apartamento dele. Transcrevo, com tradução livre, o trecho derradeiro da música:

Ele disse: "tome esta pílula". E ela tomou. Então ela disse: "o que você acabou de me dar?". "Ecstasy", ele disse. E então... ele a f* por toda a noite.


Deixo a cargo dos AMIGOS INTERNAUTAS a interpretação sobre o excerto. Apologia a estupro? Curtição pura e simples? Bem, sei lá.

The Horrorist é o pseudônimo do produtor Oliver Chesler ("hello, my name is Oliver..."). A carreira dele ainda está em atividade, mas sem nenhum sucesso tão consistente quanto "One night in NYC".

Ficha técnica
Música: 
One night in NYC
"Banda": The Horrorist
País: EUA
Época: a música foi inicialmente lançada em 1996, mas ganhou fama com a reinclusão em um disco de 2001

É sampler/versão? Não
Apareceu em uma coletânea de rádio brasileira? Metrô Tech Volume 10, da Metropolitana FM
Minha avaliação pessoal: Média.

segunda-feira, 17 de agosto de 2015

"Wildfire", Borgeous

Façamos agora um salto de mais de 30 anos: do 1983 de "Shake your head" ao 2014 de "Wildfire".


A obra combina a melódica voz de Julia Michaels com batidas potentes e outros elementos instrumentais muito bem posicionados. Vemos aí, portanto, mais uma obra que endossa essa característica, típica das dances de rádio da atual década.

Quem assina a música é o produtor estadunidense Borgeous, cuja carreira está deslanchando bem agora. Ele até esteve no Brasil para participar da Tomorrowland, que rolou faz pouco tempo.

Boa música.

Ficha técnica
Música: 
Wildfire
"Banda": Borgeous
País: EUA
Época: 2014

É sampler/versão? Não
Apareceu em uma coletânea de rádio brasileira? Não
Minha avaliação pessoal: Legal.

sábado, 15 de agosto de 2015

"Shake your head (let's go to bed)", Was (Not Was)

É a música mais antiga já citada aqui no blog - originalmente, foi lançada em 1983.

É, também, uma das com mais história das que já apareceram por aqui. Basta citar que quem a canta são duas vozes pra lá de famosas, as de Ozzy Osbourne (ele mesmo) e Kim Basinger (sim, aquela atriz).



O Was (Not Was), responsável pela música, foi uma dupla de produtores americanos que estourou nos anos 1980 e ganhou muita respeitabilidade à época. Lançaram esse e outros hits e assim adquiriram moral para convidar gente de peso como o próprio Ozzy para participar de sua obra. E, vejam só, tiveram até a coragem de rejeitar uma cantora iniciante chamada Madonna para "Shake your head"...

Pois é, a obra, que já conta com gente de peso, poderia ter ainda mais "envergadura" se Madonna estivesse lá. Ela chegou a gravar testes mas acabou rejeitada. Aí, quando o Was (Not Was) relançou a obra em 1992 - e Madonna já era uma das pessoas mais famosas do mundo - cogitou utilizar o vocal outrora desprezado, mas aí foi Madonna quem não autorizou.

Ficha técnica
Música: 
Shake your head (let's go to bed)
"Banda": Was (Not Was)
País: EUA
Época: 1983

É sampler/versão? Não
Apareceu em uma coletânea de rádio brasileira? Não
Minha avaliação pessoal: Legal

segunda-feira, 3 de agosto de 2015

"Being in love", Snow & Newland

Essa aqui apareceu em 2001 e teve relativo sucesso. Com méritos: é uma música até pouco agitada (a batida é lenta e tem pouco protagonismo), mas isso é compensada com um vocal bacana e harmônico, e com uma base instrumental muito bem posicionada.

Seu refrão foi bem cantado à época.



Infelizmente, pouco se sabe sobre seus autores. Ao que tudo indica "Snow & Newland" é mais um daqueles projetos lançados para uma única música e que depois se desfaz - a única informação que temos é que entre seus integrantes estão os italianos Luca Lento e Roberto Terranova.

Ficha técnica
Música: 
Being in Love
"Banda": Snow & Newland
País: Itália
Época: 2001

É sampler/versão? Não
Apareceu em uma coletânea de rádio brasileira? Comando 97 Volume 1, da 97 FM
Minha avaliação pessoal: Legal

sexta-feira, 24 de julho de 2015

"Get Away", Maxx

Essa música exemplica com perfeição a, digamos, "geração fundadora" das dances de rádio. A obra, em toda a sua extensão, nos faz lembrar aquele início dos anos 1990.



"Get Away" foi um grande sucesso, mas não o suficiente para fazer com que a carreira do grupo Maxx perdurasse. Ou melhor, não com esse nome. Entre seus vocalistas e produtores há gente que apareceu em muitos grupos de renome por aí, como McCoy, Zhi-Vago e outros.

Canção de nível mediano, mas que merece certo respeito por, como dito, ser uma precursora do gênero que tanto gostamos.

Ficha técnica
Música: 
Get Away
"Banda": Maxx
País: Alemanha / Suécia
Época: 1993

É sampler/versão? Não
Apareceu em uma coletânea de rádio brasileira? Não
Minha avaliação pessoal: Média

quinta-feira, 23 de julho de 2015

"Where do you go", No Mercy

A boy band No Mercy, formada por americanos mas idealizada na Alemanha, lançou essa em 1996. A música foi responsável por dar a eles uma bela dose de fama e sucesso, inclusive no Brasil. E se tornou o maior sucesso da carreira dos caras - que, de certo modo, ainda estão em atividade.


Mas ô musiquinha chata!

E pesquisando sobre ela descobri algo que jamais tinha ouvido falar: "Where do you go" é versão de uma música que o La Bouche (sim, aqueles da boa "Sweet Dreams") lançaram um ano antes.  A música do La Bouche já era ruim, mas o No Mercy a tornou ainda mais chata por querer dar um ar 'latino' a ela.

Ficha técnica
Música: 
Where do you go
"Banda": No Mercy
País: EUA
Época: 1996

É sampler/versão? Cover de música homônima lançada pelo La Bouche em 1995
Apareceu em uma coletânea de rádio brasileira? Sucesso JP, da Jovem Pan
Minha avaliação pessoal: Chata

quarta-feira, 22 de julho de 2015

"It's not right, but it's Okay (Thunderpuss 2000 Club Mix)", Whitney Houston

Na transição dos anos 1990 para os 2000, o "pam pam pam pam / pam pam pam pam" que introduzia essa música era uma das coisas mais celebradas nas pistas por aí.


O remix de "It's not right but it's ok" foi um sucesso danado tanto aqui quanto fora. Acredito que  tenha sido até mais executado do que a versão original (que é bem meia-boca, aliás).

Os responsáveis por transformar a romântica "It's not right but it's ok" em uma dance 'empolga-pista' são os membros do Thunderpuss, os mesmos que assinaram a boa "Papa's got a brand new pigbag".

Sobre a Whithey Houston, não precisamos falar, certo?

Ficha técnica
Música: 
It's not right, but it's Okay (Thunderpuss 2000 Club Mix)
"Banda": Whitney Houston
País: EUA
Época: 1999/2000

É sampler/versão? Remix de música da própria Whitney
Apareceu em uma coletânea de rádio brasileira? Não
Minha avaliação pessoal: Legal.

terça-feira, 30 de junho de 2015

"I can't stop", De-Javu

Essa música combina algo que vemos bastante no universo da dance de rádio: uma obra lançada por um projeto constituído unicamente para ela, do qual alguns dos responsáveis são pessoas com estrada no gênero. Ah, sim: e pra reforçar a 'regra', os autores são italianos.



Não há nenhuma outra obra de destaque do De-Javu além de "I can't stop". E, cá entre nós: se era pra eles produzirem algo na linha de "I can't stop", foi uma bondade para nós a banda não ter ido pra frente. "I can't stop" é chata, cantada por um vocalista com uma voz sonífera e tem uma batida que serve de referência como algo desempolgante.

Apesar de todo esse meu juízo, não dá para dizer que "I can't stop" não é bem-sucedida. Aqui no Brasil tocou bastante. E olha que é de 2002, época em que, a eu ver, as dances de rádio viviam seu melhor momento. Bem, tem gosto pra tudo, né não?

Ficha técnica
Música: 
I can't stop
"Banda": De-Javu
País: Itália
Época: 2002

É sampler/versão? Não
Apareceu em uma coletânea de rádio brasileira? As 7 Melhores 2002, da Jovem Pan, e Comando 97 Volume 2, da 97 FM
Minha avaliação pessoal: Chata.

segunda-feira, 29 de junho de 2015

"I follow rivers", Lykke Li

Da terra de Abba e Martin Dahlin - e, agora citando exemplos mais ligados ao blog, Aronchupa e Dr. Alban - vem essa canção, obra da sueca Lykke Li e lançada em 2011, dentro do seu álbum Wounded Rhymes.



"I follow rivers" está longe de ser uma grande canção (também não é ruim; é mediana), mas ainda assim alcançou muito sucesso e ainda é bastante executada por aí. Contribuiu para isso, claro, sua melodia harmônica, a boa voz da cantora e uma infindade de remixes que dela foram feitos.

Lykke Li alcançou com "I follow rivers" seu maior sucesso, mas a cantora segue em plena atividade. Sua carreira, entretanto, é mais ligada a um pop (com um pezinho no rock) do que ao dance de rádio que aqui é abordado.

Ficha técnica
Música: 
I follow rivers
"Banda": Lykke Li
País: Suécia
Época: 2011

É sampler/versão? Não
Apareceu em uma coletânea de rádio brasileira? Não
Minha avaliação pessoal: Média

quinta-feira, 25 de junho de 2015

"Shiny disco balls", Who da Funk

Essa é boa, mas bem boa mesmo. É de 2002 e criação do projeto Who da Funk, dos americanos Alex Alicea e Jorge Jaramillo.



"Shiny disco balls" foi daqueles sucessos imediatos. O que, aliás, é bem fácil de entender - a música tem uma batida empolgante, vocal muito bem postado e um refrão daqueles 'gritáveis'.

Infelizmente, foi o único hit do Who da Funk - ou menos de seus produtores com esse nome de 'banda'. A cantora, a também americana Jessica Eve, também não teve uma carreira das mais consistentes.


Ficha técnica
Música: Shiny Disco Balls
"Banda": Who da Funk
País: EUA
Época: 2002
É sampler/versão? A base instrumental pega trecho de "Wonderful Love", de Lene Lovich
Apareceu em uma coletânea de rádio brasileira? Na Balada Volume 7, da Jovem PanMinha avaliação pessoal: Muito boa.

quinta-feira, 18 de junho de 2015

"Horny '98", Mousse T

Música de 1998 com bastante força em toda a sua extensão. É marcada por uma batida constante, elementos instrumentais como metais muito bem inseridos e 'crescendos' que garantem sua boa qualidade. Ah, e uma letrinha suja que volta e meia temos nas dances por aí.



Quem assina a obra é o DJ/produtor alemão Mousse T. Ele contou, em "Horny '98", com os vocais do grupo americano Hot'n'Juicy. A obra foi um grande sucesso, emplacando bastante no fim dos anos 1990 e com um perfil que a torna de certo modo atemporal. Poderia ser lançaada numa boa hoje em dia que ninguém diria se tratar de uma canção da década retrasada.

"Horny '98", como costuma acontecer com as boas músicas do gênero, ganhou (e até hoje ganha) remixes e versões. Uma delas, bem interessante, mistura a canção com o rock "Bohemian like you", do The Dandy Warhols. O nome do versus ficou "Horny as a dandy".

O produtor Mousse T teve com "Horny '98" o maior sucesso em uma música que leva seu nome, mas isso nem de longe nos permite dizer que ele é um one hit wonder. Afinal, ele mantém uma vasta carreira como produtor e DJ em grandes festivais por aí. E, além disso, esteve por trás de outros grandes sucessos. Um deles é o consagrado remix de "Sex Bomb", do Tom Jones. Sim, Mousse T é um dos principais responsáveis pelo fato de que pessoas com menos de 40 anos conheçam o Tom Jones em todo o mundo...

Ficha técnica
Música: 
Horny '98
"Banda": Mousse T
País: Alemanha
Época: 1998

É sampler/versão? Não
Apareceu em uma coletânea de rádio brasileira? Não
Minha avaliação pessoal: Legal.