segunda-feira, 31 de março de 2014

"Yolanda", Reality

Uma entre outras canções batizadas com o nome Yolanda, essa que inspira o post foi lançado pelo grupo alemão Reality - e, cá entre nós, não é grande coisa.



E olha que, segundo consta, foi um grande sucesso. O site Discogs.com relata que o Reality lançou apenas dois singles, essa e "Wanna Get Busy", sendo que Yolanda foi a única que emplacou de verdade.

Aqui no Brasil, apareceu no primeiro volume das 7 Melhores da Pan, como faixa-bônus. Confesso que a presença do disco é a minha única lembrança da música - não me recordo de vê-la tocando no rádio, em baladas ou qualquer outro lugar que não os cd players de quem deixava o disco azul da Pan rolando até o fim.

Ficha técnica
Música: 
Yolanda
"Banda": Reality
País: Alemanha
Época: 1993

É sampler/versão? Não 
Apareceu em uma coletânea de rádio brasileira? 7 Melhores Volume 1, da Jovem Pan
Minha avaliação pessoal: Chata.

sábado, 29 de março de 2014

"Só tinha de ser com você", Fernanda Porto

Quando houve a virada dos anos 1990 para os 2000, apareceu por aqui uma tendência musical que parecia ter um sucesso irreversível: a combinação entre MPB e música eletrônica. "Drum'n'bossa", "samba eletrônico" e outros nomes foram dados ao subgênero, que trouxe ao estrelato diversos nomes, especialmente a "trinca" Fernanda Porto, DJ Patife e DJ Marky.

   

"Só tinha de ser com você" é uma obra dessa leva. Foge, sem dúvidas, do que costumamos citar aqui no blog - sua estrutura em nada lembra as dances de rádio que tanto apreciamos. Ainda assim, coube trazê-la pra cá porque, como já dito, o sucesso foi arrebatador. Foi aprovada por um público que somava os fãs de MPB e de música eletrônica. E, como já dito, soava como uma das precursoras de um gênero que não deixaria mais de crescer.

Porém, a realidade deu outro caminho ao caso. A onda das "MPBs eletrônicas" sumiu do mesmo jeito rápido que aparecera - dances de rádio (e eletrônicas em geral) são tão raras hoje em dia quanto eram lá por 1999/2000, antes do estouro do trio Fernanda Porto/Patife/Marky. Curiosamente, essas músicas acabaram ficando fortemente datadas, já que não há como dissociá-las daquela época.

Ficha técnica
Música: 
Só tinha de ser com você
"Banda": Fernanda Porto
País: Brasil
Época: 2001

É sampler/versão? Sim. É uma releitura de música homônima composta por Tom Jobim e gravada por Elis Regina nos anos 1960 
Apareceu em uma coletânea de rádio brasileira? Jovem Pan Remixes, da Jovem Pan
Minha avaliação pessoal: Média.

sexta-feira, 28 de março de 2014

"People talk", Joy Salinas

Mais uma daquelas músicas que é uma unanimidade entre as dances de rádio - todo mundo conhece, quase todo mundo gosta, todos lembram.



Tudo isso, registremos, com MUITO mérito. People Talk é uma baita música. Da abertura "agressiva", muito bem retomada do meio pra frente, e o riff perfeitamente posicionado, a obra mantém força do começo ao fim. Consegue ficar interessante sem cair no cansaço, como muitas do gênero. Musicão!

E é o principal hit de Joy Salinas, ao menos no Brasil. A cantora - que é nascida nas Filipinas mas se formou profissionalmente na Itália - lançou outras obras e até os dias atuais mantém-se em atividade, mas nunca mais estourou por aqui com a mesma intensidade do que fez com People Talk.

Ficha técnica
Música: 
People Talk
"Banda": Joy Salinas
País: Itália / Filipinas
Época: 1994

É sampler/versão? Não 
Apareceu em uma coletânea de rádio brasileira? Energia na Veia Volume 3, da 97 FM
Minha avaliação pessoal: Muito boa.

quarta-feira, 26 de março de 2014

"Hold You", ATB

Assim como o post anterior, sobre "Dreams (will come alive)", destacava uma música que era um perfeito retrato de sua época, esse de agora traz uma canção que fielmente traduz o contexto em que foi lançada.



Hold You exemplifica as músicas mais maduras da virada entre os anos 1990 e os 2000 - menos preocupadas em "agitar" e dedicadas a uma pegada mais melódica e bem elaborada.

Fruto do trabalho de André Tannenberger, o ATB em questão. Ele é alemão, DJ e produtor, e com uma boa carreira repleta de músicas de qualidade. Em Hold You, ele estabelece parceria com a cantora Roberta Carter Harrison.

Ficha técnica
Música: 
Hold You
"Banda": ATB
País: Alemanha
Época: 2001

É sampler/versão? Não 
Apareceu em uma coletânea de rádio brasileira? 7 Melhores 2002, da Jovem Pan, e Lunch Break Volume 4, da 97 FM
Minha avaliação pessoal: Legal.

terça-feira, 25 de março de 2014

"Dreams (will come alive)", 2 Brothers on the 4th floor

Boa canção que, como outras que já apareceram aqui, é um perfeito exemplar do que foi a dance music de rádio na maior parte dos anos 1990. Todos, rigorosamente todos os elementos típicos das dance daquela época estão aí - o que não é ruim, que fique claro.



Até mesmo na composição de seus responsáveis Dreams (will come alive) segue a fórmula dos anos 1990: o 2 Brothers on the 4th floor é formado por dois produtores (irmãos de verdade) que chamaram uma vocalista para fazer um refrão e um rapper pra mandar o som rapidinho no meio.

Apesar de tudo o que eu disse ter parecido uma crítica, não é. Dreams (will come alive) é uma música legalzinha. E, infelizmente, foi o único grande sucesso dos holandeses do 2 Brothers on the 4th floor - eles até emplacaram uma ou outra coisa depois disso, mas nada muito digno de nota. Hoje não estão mais em atividade.

Ah, uma curiosidade: eu NUNCA soube o nome dessa música e, acho, não a tinha ouvido novamente desde a época em que ela estava na moda. A redescobri por acaso, clicando de um relacionado do Youtube a oturo.

Ficha técnica
Música: 
Dreams (will come alive)
"Banda": 2 Brothers on the 4th floor
País: Holanda
Época: 1994

É sampler/versão? Não 
Apareceu em uma coletânea de rádio brasileira? Não
Minha avaliação pessoal: Legal.

segunda-feira, 24 de março de 2014

"Gangnam Style", Psy

Bem, é uma dance de rádio, não é mesmo?



Não há muito o que se falar de novo sobre Gangnam Style. Sucesso absurdo, estouro inusitado, coreografia engraçada, vídeo mais visto da história do Youtube, one hit wonder... bem, tudo isso já foi dito.

O que registro, então, é uma opinião sobre um aspecto de Gangnam Style que acaba ficando um pouco de lado: a música propriamente dita. É, isso mesmo - por trás da coreografia, do japa coreano engraçado e da coreografia divertida, existe uma canção. E, putz, muito boa. Muito provavelmente não conheceríamos Gangnam Style se não fosse todo o seu entorno - quantas músicas sul-coreanas você conhece? -, o que seria uma pena. A obra é boa, boa mesmo, e ainda não enjoou.

Ficha técnica
Música: 
Gangnam Style
"Banda": Psy
País: Coreia do Sul
Época: 2012

É sampler/versão? Não 
Apareceu em uma coletânea de rádio brasileira? Gangnam Style aparece em duas coletâneas - "As 7 Melhores Summer 2013", da Jovem Pan, e "Vibe 97 Summer Night 2013", da 97 FM - mas, em ambos os casos, "cantada" por um tal DJ Kee. Parece que as rádios repetiram aquela estratégia de dar um migué no nome do cantor da obra, como ocorreu com Dub-i-dub e outras...
Minha avaliação pessoal: Muito boa.

quarta-feira, 19 de março de 2014

"Easy Love", Lady

Easy Love foi uma das faixas que compôs o efêmero sucesso de Lady no início da década passada. Ela apareceu com "I need you, I want you" e, com Easy Love, estourou de vez por aqui, a ponto de ser entrevistada pelo pânico, fazer tour em território nacional e por aí vai.



Trata-se, realmente, de uma música bem interessante. Não é das mais fortes nem rápidas, e tampouco apela para uma fórmula manjada. Constrói sua consistência com uma levada interessante, baseada em instrumentos reais, que poderia ser perfeitamente tocada por uma banda em um bar com música ao vivo, por exemplo.

Infelizmente, achar mais informações sobre a Lady na internet não é tarefa fácil. A maior parte do conteúdo é do Brasil e lá de 2002, quando ela estourou. É fato que o nome também não ajuda: pô, em tempos de Google e de indexação de conteúdo, a mulher vai usar logo Lady, sem mais nada, como nome artístico? Aí complica, como acontece com The Rave - MP3...

Ficha técnica
Música: 
Easy Love
"Banda": Lady
País: França / Itália / EUA
Época: 2002

É sampler/versão? Não 
Apareceu em uma coletânea de rádio brasileira? Lunch Break Volume 3, da 97 FM, e Jovem Pan Collection, da Jovem Pan
Minha avaliação pessoal: Legal.

terça-feira, 18 de março de 2014

"Hello", Martin Solveig

O produtor francês Martin Solveig se aliou à cantora canadense Martina Sorbara para criar essa música bem, mas bem legal.



Hello consegue mesclar com qualidade elementos típicos de uma "música de menina" com algo mais típico do eletrônico - batida forte, bem ritmada, e um crescendo que envolve o ouvinte.

Não à toa, é o maior sucesso do produtor até os dias atuais - sem contar que é a única canção que deu ao Dragonette, a banda de Sorbara, um status mundial.

Vale destacar que o clip "embedado" no post é bem engraçado.

Ficha técnica
Música: 
Hello
"Banda": Martin Solveig, com participação de Martina Sorbara (do Dragonette)
País: França / Canadá
Época: 2010

É sampler/versão? Não
Apareceu em uma coletânea de rádio brasileira? Não
Minha avaliação pessoal: Muito boa.

segunda-feira, 17 de março de 2014

"If you wanna party", Molella & The Outhere Brothers

Quando ouço novamente músicas mais velhas, para escrever sobre elas, é comum que eu seja positivamente ou negativamente surpreendido. Elas podem me parecer melhores ou piores do que eram à época. Ocorreu isso com o tema deste post, e pro bem: inicialmente, achei que classificaria a canção como "média", mas a reaproximação rendeu um "legal". Vejam aí.



A obra é uma parceria entre o DJ Italiano Molella (não é nome artístico, é o sobrenome do cidadão) e a dupla de rappers americanos The Outhere Brothers, responsáveis por Boom Boom Boom e outros hits cujas letras fazem o funk carioca parecer poesia parnasiana.

O principal mérito de If You Wanna Party está em sua força: a música é pesada do começo ao fim, com batida e voz estrategicamente posicionados, de forma a criar um contexto dos mais envolventes.

É de 1995, mas tem uma roupagem que soaria atual hoje em dia, facilmente.

Ficha técnica
Música: 
If You Wanna Party
"Banda": Molella & The Outhere Brothers
País: Itália / EUA
Época: 1995

É sampler/versão? Não
Apareceu em uma coletânea de rádio brasileira? Hot 97 Volume 2, da 97 FM
Minha avaliação pessoal: Legal.

domingo, 16 de março de 2014

"Something", Lasgo

Mais uma vez é hora de trazer ao blog uma dance de rádio daquelas de primeira grandeza. Canção que goza de status de unanimidade, apreciada por todo mundo, que é celebrada sem carregar o peso de "flashback" e que faz sucesso até mesmo com quem não costuma curtir as dances de rádio.



Something goza desse cartaz, e com todos os méritos. Digamos que é uma música perfeitamente montada. Tem uma introdução forte, daquelas de fazer a galera ir se animando na pista, e depois entra um vocal perfeito para ser cantado por todo mundo. (Aliás, falando nisso, uma coisa muito engraçada na época do auge da música era ver o vácuo que as pessoas ficavam quando rolava essa versão estendida, na qual o vocal espera mais uma sequência de tempo para entrar. O povo saía gritando e depois interrompia no meio.)

Foi o primeiro e, indiscutivelmente, maior hit do Lasgo. E olha que a banda se esforçou: logo na sequência de Something (lançada em 2001), emplacou "Pray" e "Alone", que são boas, mas não tanto quanto a mais célebre.

Daí pra frente, o conjunto não conseguiu mais rumar com a mesma qualidade às paradas. Está até, de certo modo, com aquele jeitão de ex-jogador que não se liga que é hora de parar de jogar: já trocou vocalista (a responsável por Something, Evi Goffin, abandonou a música depois de ser mãe), prometeu novidades mas não entregou e seu site oficial anuncia, com pompa e circunstância, que "um sucesso será lançado em 2012".

Ficha técnica
Música: Something
"Banda": Lasgo
País: Bélgica
Época: 2001
É sampler/versão? Não.
Apareceu em uma coletânea de rádio brasileira? Lunch Break Volume 3, da 97 FM
Minha avaliação pessoal: Muito boa.

sábado, 15 de março de 2014

"Spirit of Ibiza", Mystic

O que sempre mais me chamou a atenção nessa música é o berro dado no meio do refrão.



Spirit of ibiza é uma música-clichê, em todos os aspectos. Primeiro, a batidinha ultra-acelerada, bem numa pegada ginástica aeróbica, o que, digamos, tira a "credibilidade" da obra. Depois, a menção a Ibiza e as palavras otimistas no refrão - "let's have some fun", "it's summertime", e assim por diante. E, claro, o berro.

Vale ressaltar que não é a única música-clichê do Mystic. Eles também são responsáveis por "Ritmo de la Noche", lançada cinco anos antes de Spirit of Ibiza e que, aqui no Brasil, ficou famosa após Silvio Santos tê-la transformado em "Ritmo de festa".

Ficha técnica
Música:
Spirit of Ibiza
"Banda": Mystic
País: Alemanha
Época: 1995

É sampler/versão? Não
Apareceu em uma coletânea de rádio brasileira? Ritmo da Noite, da Jovem Pan
Minha avaliação pessoal: Chata.

sexta-feira, 14 de março de 2014

"2 times", Ann Lee

Apesar de não ser das mais fortes e nem de ter uma batida potente, é uma música bem bacana.



2 times foi lançada por Ann Lee em 1999, estourou em 2000 e é, até hoje, o maior sucesso da cantora - ou melhor, seu único grande sucesso com o nome de Ann Lee. Isso porque mesmo antes da obra, Lee já tinha uma sólida carreira como compositora/backing vocal/produtora no Eurodance, com participações em projetos como Whigfield e Corona. Aliás, lembram quando citei, no post sobre "Saturday Night", que a Whigfield era acusada de apenas dublar suas músicas? Então, a Ann Lee que seria a cantora real.

Ficha técnica
Música: 
Two times
"Banda": Ann Lee
País: Inglaterra
Época: 1999/2000

É sampler/versão? Não
Apareceu em uma coletânea de rádio brasileira? 7 Melhores do Milênio e Power Tracks, ambos da Jovem Pan
Minha avaliação pessoal: Muito boa.

quarta-feira, 12 de março de 2014

"Like a G6", Far East Movement feat. Dev & The Cataracs

Uma música que não é das mais agitadas, mas que tocou bastante há alguns anos.



Like a G6 foi concebida de um modo interessante. A principal responsável pela obra é a dupla de produtores Far East Movement, que trouxe a cantora Dev e o os rappers do The Cataracs para soltarem a voz. Mas todos participaram da criação e concepção da música, de modo que restringir o trabalho de Dev e The Cataracs a "participação especial" é um pouco injusto. Além disso, a sequência melódica principal da canção, onde está seu refrão/título, é extraída de "Booty Bounce", música da própria Dev.

A música tocou bastante e serviu de inspiração para piadas. Uma é a ótima paródia "Like Jesus", feita pelo grupo Totally Sketch. E, aqui no Brasil, atormentou os palmeirenses por muito tempo: foi uma espécie de "música-tema" da goleada de 6x0 que o alviverde paulista levou do Coritiba pela Copa do Brasil em 2011.

Ficha técnica
Música: Like a G6
"Banda": Far East Movement feat. Dev & The Cataracs
País: EUA
Época: 2009/2010
É sampler/versão? O refrão é extraído de "Booty Bounce", de Dev
Apareceu em uma coletânea de rádio brasileira? Top 20 Parade 2011, da Jovem Pan
Minha avaliação pessoal: Média.

terça-feira, 11 de março de 2014

"Rhythm Is A Dancer", Snap

Sim, isso mesmo: é a música do Clube das Mulheres.



A canção ficou muito famosa aqui no Brasil por conta de, como já sugerimos, sua aparição na trilha sonora da novela "De Corpo e Alma", quando era o fundo musical nas apresentações do Clube das Mulheres, item de grande importância na trama (ê, Glória Perez...).

Mas merece ser vista como algo que foi muito além. Arrebentou na Europa, foi primeiro lugar em um monte de países e, de certo modo, é uma precursora da onda dance da primeira metade dos anos 1990, que é tida por muita gente como a melhor época do gênero (não, não é minha opinião, deixo claro).

O Snap! emplacou outros hits naquela época. "The Power", menos dance e mais rap, é um deles. O outro foi "Do you see the light", que tocou bastante também aqui no Brasil. A partir dos anos 1990 o grupo entrou em decadência, e se sustenta apenas com regravações e relançamentos dos êxitos de outrora.

Vale ressaltar que Rhythm Is A Dancer deixou um grande LEGADO, ao servir de inspiração pra uma série de outras obras - inclusive um funk carioca dos dias atuais, cujo nome eu não localizei. Agradeço contribuições.

Ficha técnica
Música: 
Rhythm Is A Dancer
"Banda": Snap!
País: Alemanha
Época: 1992

É sampler/versão? O riff de teclado da introdução é inspirado em "Automan", de Newcleus
Apareceu em uma coletânea de rádio brasileira? Esteve em uma coletânea pra lá de alternativa, feita pela Jovem Pan, na qual tinha a companhia de "It's my life", do Dr. Alban, e "Lithium", do Nirvana (!)
Minha avaliação pessoal: Legal

segunda-feira, 10 de março de 2014

"Feels so good", Marion K

Uma música mais lenta do que as que costumamos ver aqui no blog, mas que entra por ter feito sucesso justamente no universo das dances de rádio.



Feel so good é uma regravação feita pela Marion K de uma música homônima (e muito parecida, aliás) lançada pela britânica Sonique em 1998. Ambas - original e versão - são bacanas. Apostam, como já disse, em uma batida mais lenta (no que lembra a épica "Set u free", vale registrar) e em uma dinâmica diferente das dances convencionais.

Marion K, a responsável pela obra, é uma artista jamaicana com muitas raízes no Brasil - tem, digamos, uma pegada Laura Pausini, por ser daquelas estrangeiras que está por aqui todo dia. Feel so good é sua música mais conhecida, mas sua carreira ainda está em plena atividade, com obras lançadas há pouco tempo.

Ficha técnica
Música: Feels so good
"Banda": Marion K
País: Jamaica
Época: 2000/2001
É sampler/versão? É uma regravação de música homônima de Sonique
Apareceu em uma coletânea de rádio brasileira? 11 Hits da Pan e Revista Jovem Pan 20, da Jovem Pan e Lunch Break Volume 1, da 97 FM
Minha avaliação pessoal: Legal.

domingo, 9 de março de 2014

"Can't get you out of my head", Kylie Minogue

Música das mais famosas, que vai além do universo das dances de rádio. Daquelas que todo mundo conhece, e que marcou o início da década passada.



Can't get you out of my head foi lançada em 2001 e, pra mim, tinha sido o primeiro grande sucesso da fase adulta da cantora (vocês sabiam que ela é a autora de "I should be so lucky", hit-trash dos anos 80 e que no Brasil virou "Acho que sou louca", com a Simony?), mas aí vi que ela já estava numa pegada mais "séria" já havia um tempo, e em 2000 lançara um monte de boas músicas do gênero dance-pop.

O fato é que estamos falando de uma excelente música. Que tem um formato meio diferente, já que apostas em batidas que são ao mesmo tempo lentas e rápidas, precisas e meio difusas. O teclado do começo ajuda a compor essa sensação positivamente estranha. E o clipe aumenta ainda esse sentimento. Grande obra, sem dúvida.

Após o lançamento da música, Kylie Minogue continuou sua trajetória com outras boas canções para o gênero e com algumas mais ligadas ao pop propriamente dito. "Fever", o álbum de onde vem Can't get you out of my head, é bem bom.

Ficha técnica
Música: Can't get you out of my head
"Banda": Kylie Minogue
País: Austrália
Época: 2001
É sampler/versão? Não
Apareceu em uma coletânea de rádio brasileira? Não
Minha avaliação pessoal: Muito boa.

sexta-feira, 7 de março de 2014

"Feel so close", Calvin Harris

Deixemos as velharias de lado e abordemos uma canção recente, de 2011.



Feel so close é um bom exemplo das dances de rádio contemporâneas. Apesar de não ser nada que se diga "nossa, que música", tem méritos por combinar uma boa batida, letra envolvente e outros atributos capazes de construírem um grande sucesso.

É o que ocorreu. Calvin Harris, o responsável pela obra, já tinha uma considerável trajetória como produtor, DJ e cantor, e viu em Feel so close mais uma peça para a sua coleção de trabalhos bem-sucedidos.

No Brasil, a música ficou famosa também por integrar a trilha sonora da novela "Cheias de Charme" (a das empreguetes), da qual até apareceu em alguns intervalos.

Ficha técnica
Música: Feel so close
"Banda": Calvin Harris
País: Escócia
Época: 2011
É sampler/versão? Não
Apareceu em uma coletânea de rádio brasileira? Na Balada Hits 2012, da Jovem Pan
Minha avaliação pessoal: Média.

quinta-feira, 6 de março de 2014

"Where is my man", Eartha Kitt

Canção que figurou no primeiro volume das 7 Melhores da Pan e que chamou muita atenção, à época, pela voz exageradamente analisada (ou até mesmo meio bizarra, cá entre nós) de sua cantora.



Curiosamente, para mim Where is my man era só mais uma obra estranhinha do começo dos anos 1990. Só agora, pesquisando para o post, fui saber que é a versão dance de uma música lançada pela Eartha Kitt em 1984 - e que a própria Eartha Kitt é uma cantora com sucesso, fama, trajetória consistente e que até mesmo já morreu.

Ela chegou até a fazer o papel de Mulher Gato no seriado do Batman na década de 1960, e é daí que se origina o barulho que abre Where is my man; sim, aquilo é um roído de gato.

Mas mesmo com todo esse contexto continuo considerando a canção meio sem-graça.

Ficha técnica
Música: Where is my man
"Banda": Eartha Kitt
País: EUA 
Época: 1993/1994
É sampler/versão? É uma regravação dance de obra homônima da própria Eartha Kitt
Apareceu em uma coletânea de rádio brasileira? 7 Melhores Volume 1, da Jovem Pan
Minha avaliação pessoal: Chata.

terça-feira, 4 de março de 2014

"Street carnival", Cave

Nada melhor para fechar os dias de carnaval.



Street carnaval, lançada em 2002, é daquelas músicas cujo sucesso é mais do que certeiro. Afinal, a obra mescla a batida do eletrônico com uma virada de escola de samba, e de forma mais do que precisa. Os dois universos - cuja sonoridade já é meio parecida - se encaixam muito bem. O ponto alto é a paradinha, que posteriormente inspirou muitas baterias por aí.

A obra é o maior hit do norueguês Cave e talvez a única dele que possa ser chamada de "dance de rádio", já que a carreira dele é mais ligada a estilos mais pesados da música eletrônica.

Ficha técnica
Música: Street Carnival
"Banda": Cave
País: Noruega
Época: 2002
É sampler/versão? Não localizei o autor real da bateria, mas é pouco provável que o Cave tenha a realizado sozinho, não?
Apareceu em uma coletânea de rádio brasileira? Vibe 97 Volume 2, da 97 FM, e Sucessos Jovem Pan Volume 10, da Jovem Pan
Minha avaliação pessoal: Legal.

segunda-feira, 3 de março de 2014

"Barbra Streisand", Duck Sauce

Bem, já que a Barbra Streisand foi citada no post anterior...

Solta o som, DJ!



Barbra Streisand é uma música genial talvez justamente por seu caráter aleatório e repetitivo. A obra constrói um clima forte, usa um riff pesado, base bem precisa e... BARBRA STREISAND!?

Não há respostas muito claras do porquê os produtores da música - por trás do nome Duck Sauce estão A-Trak e Armand Van Helden, o de "Funk Phenomena" - terem escolhido o nome de Barbra Streisand para se tornar o refrão / letra / melodia / da obra. Mas, putz, a escolha foi ideal.

Cabe registrar que Barbra Streisand é um sampler do sampler - a batida é copiada de "Gotta go home", de Boney M., que por sua vez se inspirou em "Hallo Bimmelbahn", de Nighttrain.

Ficha técnica
Música: Barbra Streisand
"Banda": Duck Sauce
País: EUA/Canadá
Época: 2010
É sampler/versão? Sim. De "Gotta go home", de Boney M., e "Hallo Bimmelbahn", de Nighttrain.
Apareceu em uma coletânea de rádio brasileira? As 7 Melhores Volume 2012 e Planeta DJ 2011, da Jovem Pan
Minha avaliação pessoal: Muito boa.

domingo, 2 de março de 2014

"I finally found someone", Paul Parker e Angie Gold

Mais uma música que cai na galeria das misteriosas.

Não consegui achar muita informação sobre a obra - bem, o óbvio é que ela é uma versão dance de clássico homônimo gravado por Brian Adams e Barbra Streisand UUUH-UUH, UUUH H.



Os cantores da obra tema do nosso post, Paul Parker e Angie Gold, são citados em algumas páginas como sendo expoentes do "Hi-NRG", um subgênero da música eletrônica (do qual nunca tinha ouvido falar) com alguma dose de destaque nos anos 80 e 90.

Mistérios à parte, I finally found someone é uma bela música. Regravar um hit lento de forma dance é, como já falei nesse blog, uma tarefa batida e que nem sempre gera coisa boa - no geral, "estraga-se" a original e cria-se um outro mostrengo desinteressante. Mas não foi o caso. A música em questão é agitada, boa pra pista e cheia de batidinhas estrategicamente colocadas que valorizam o conjunto. Boa canção.

Ficha técnica
Música: I finally found someone
"Banda": Paul Parker e Angie Gold
País: EUA (não confirmado)
Época: 1997 (não confirmado)
É sampler/versão? Sim, de sucesso homônimo de Brian Adams e Barbra Streisand
Apareceu em uma coletânea de rádio brasileira? Maxi Pan Volume 2, da Jovem Pan
Minha avaliação pessoal: Legal.

sábado, 1 de março de 2014

"In the ghetto", David Morales

Se você curtia essa música à época do seu lançamento (1994), tenho uma certeza: ouvia piadinhas por causa disso.



O caráter repetitivo de In The Ghetto (de fato, o "in night ghetto" é repetido umas 600 vezes) fez com que essa canção fosse uma das mais sacaneadas e parodiadas do seu tempo.

E além da galera que fazia piadas com a música, havia também a questão de que era difícil compreender seu nome. Então "Inadigueto" (ou variações) era um dos termos mais usados naqueles tempos.

David Morales, o responsável pela obra (mas não seu vocalista, é claro), estourou no meio dos anos 1990 como produtor e continua com uma boa dose de sucesso, mas mais dedicado atualmente à carreira de DJ.

Boa canção - mas repetitiva, não dá pra negar.

Ficha técnica
Música: In the ghetto
"Banda": David Morales
País: EUA
Época: 1994
É sampler/versão? Não.
Apareceu em uma coletânea de rádio brasileira? Não.
Minha avaliação pessoal: Legal.