sexta-feira, 28 de agosto de 2015

"No guarantee", Shazam

A eurodance (nome mais técnico para as dances de rádio) tem um elemento curioso: há músicas que seguem o mesmo molde de outras, mas umas saem chatas e outras ficam boas. Vemos isso bem em "No guarantee": embora endosse uma fórmula que deu certo em tantas outras obras, essa não é bem-sucedida.



Não hã muita informação sobre "No guarantee", nem sobre seus autores, o Shazam, na internet. Sabe-se apenas que é um grupo alemão e que, até segunda ordem, não emplacou muita coisa além dessa obra.

Bem, se fosse pra fazer músicas similares a "No guarantee", melhor ficar só por aí mesmo, né não?

Ficha técnica
Música: 
No Guarantee
"Banda": Shazam
País: Alemanha
Época: 1994

É sampler/versão? Não, mas um trecho lembra "You got it", de Roy Orbison
Apareceu em uma coletânea de rádio brasileira? As 7 Melhores Volume 2, da Jovem Pan
Minha avaliação pessoal: Chata.

quarta-feira, 26 de agosto de 2015

"Gótik", Jason Bralli

Assim como outras que já passaram por aqui, considero essa uma das melhores da história do gênero. E é obra de um brasileiro.



"Gótik" é de 2000 e, naquele e no ano seguinte, foi um sucesso arrebatador. Quebrou duas barreiras: a de ser brasileira, raridade no gênero, e a segunda é pelo fato de ter uma levada um pouco mais, digamos, pesada do que a habitual para as dances de rádio. Até hoje é tocada por aí.

Seu autor, Jason Bralli, acabou por não alcançar outros sucessos comerciais do mesmo peso de "Gótik". Antes da obra já mantinha uma sólida carreira como produtor e DJ, que se consolida até os dias atuais.

Grande, grande música.

Ficha técnica
Música: 
Gótik
"Banda": Jason Bralli
País: Brasil
Época: 2000/2001

É sampler/versão? A linha instrumental e a parte cantada são extraídas de "On the other side", do grupo alemão Silke Bischoff
Apareceu em uma coletânea de rádio brasileira? Na Balada 5 e As 7 Melhores 2003, ambos da Jovem Pan e Comando 97 Volume 2, da 97 FM
Minha avaliação pessoal: Muito boa.

domingo, 23 de agosto de 2015

"I don't need your love", Angelina

Angelina apareceu na segunda metade dos anos 1990 com a obra-tema deste post e outras que emplacaram bem, como "The tidy is high" e "Release me".

Em todas empregava o mesmo estilo: a combinação entre sua voz estridente (é boa, mas não neguemos que é estridente), batidas que alternam o forte e o intermitente e aquele barulhinho 'espacial' que apareceu naqueles tempos e acabou não indo muito para a frente.

É um estilo, sem dúvida, muito parecido com o de Lina Santiago, que já apareceu aqui.



Pois bem, o tempo passou e Angelina deu aquela sumida que, infelizmente ou felizmente, afeta muitos artistas (e o dance de rádio é um dos gêneros mais propícios para tal). O curioso é que ela mudou completamente sua vida: hoje, Angelina é uma professora de ensino médio na cidade de San Jose. Último recurso de quem não tinha mais fama? Nada disso! Em uma reportagem na qual conta sua nova trajetória, Angelina fala que, embora curtisse o sucesso e o mundo da música, dar aulas sempre foi o seu maior sonho. Curioso, não?

Ficha técnica
Música: 
I don't need your love
"Banda": Angelina
País: EUA
Época: 1996

É sampler/versão? Não
Apareceu em uma coletânea de rádio brasileira? Na Sequência Máxima, da Jovem Pan, 
Minha avaliação pessoal: Média.

sexta-feira, 21 de agosto de 2015

"One night in NYC", The Horrorist

Essa canção tem um mérito raríssimo, talvez único no gênero das dance de rádio: ela é mais famosa pela sua letra do que pela melodia.

A letra em questão é controversa pra caramba. Creio, aliás, que geraria mais barulho se fosse lançada nos dias atuais. Resumindo, conta a história de uma garota de 15 anos de Nova Jérsei que foi curtir uma noite de balada em Nova Iorque. A música relata a combinação com os amigos, uma bebedeirinha de leve, a curtição em uma balada e...

... e aí o bicho pega de vez após ela acompanhar um rapaz até o apartamento dele. Transcrevo, com tradução livre, o trecho derradeiro da música:

Ele disse: "tome esta pílula". E ela tomou. Então ela disse: "o que você acabou de me dar?". "Ecstasy", ele disse. E então... ele a f* por toda a noite.


Deixo a cargo dos AMIGOS INTERNAUTAS a interpretação sobre o excerto. Apologia a estupro? Curtição pura e simples? Bem, sei lá.

The Horrorist é o pseudônimo do produtor Oliver Chesler ("hello, my name is Oliver..."). A carreira dele ainda está em atividade, mas sem nenhum sucesso tão consistente quanto "One night in NYC".

Ficha técnica
Música: 
One night in NYC
"Banda": The Horrorist
País: EUA
Época: a música foi inicialmente lançada em 1996, mas ganhou fama com a reinclusão em um disco de 2001

É sampler/versão? Não
Apareceu em uma coletânea de rádio brasileira? Metrô Tech Volume 10, da Metropolitana FM
Minha avaliação pessoal: Média.

segunda-feira, 17 de agosto de 2015

"Wildfire", Borgeous

Façamos agora um salto de mais de 30 anos: do 1983 de "Shake your head" ao 2014 de "Wildfire".


A obra combina a melódica voz de Julia Michaels com batidas potentes e outros elementos instrumentais muito bem posicionados. Vemos aí, portanto, mais uma obra que endossa essa característica, típica das dances de rádio da atual década.

Quem assina a música é o produtor estadunidense Borgeous, cuja carreira está deslanchando bem agora. Ele até esteve no Brasil para participar da Tomorrowland, que rolou faz pouco tempo.

Boa música.

Ficha técnica
Música: 
Wildfire
"Banda": Borgeous
País: EUA
Época: 2014

É sampler/versão? Não
Apareceu em uma coletânea de rádio brasileira? Não
Minha avaliação pessoal: Legal.

sábado, 15 de agosto de 2015

"Shake your head (let's go to bed)", Was (Not Was)

É a música mais antiga já citada aqui no blog - originalmente, foi lançada em 1983.

É, também, uma das com mais história das que já apareceram por aqui. Basta citar que quem a canta são duas vozes pra lá de famosas, as de Ozzy Osbourne (ele mesmo) e Kim Basinger (sim, aquela atriz).



O Was (Not Was), responsável pela música, foi uma dupla de produtores americanos que estourou nos anos 1980 e ganhou muita respeitabilidade à época. Lançaram esse e outros hits e assim adquiriram moral para convidar gente de peso como o próprio Ozzy para participar de sua obra. E, vejam só, tiveram até a coragem de rejeitar uma cantora iniciante chamada Madonna para "Shake your head"...

Pois é, a obra, que já conta com gente de peso, poderia ter ainda mais "envergadura" se Madonna estivesse lá. Ela chegou a gravar testes mas acabou rejeitada. Aí, quando o Was (Not Was) relançou a obra em 1992 - e Madonna já era uma das pessoas mais famosas do mundo - cogitou utilizar o vocal outrora desprezado, mas aí foi Madonna quem não autorizou.

Ficha técnica
Música: 
Shake your head (let's go to bed)
"Banda": Was (Not Was)
País: EUA
Época: 1983

É sampler/versão? Não
Apareceu em uma coletânea de rádio brasileira? Não
Minha avaliação pessoal: Legal

segunda-feira, 3 de agosto de 2015

"Being in love", Snow & Newland

Essa aqui apareceu em 2001 e teve relativo sucesso. Com méritos: é uma música até pouco agitada (a batida é lenta e tem pouco protagonismo), mas isso é compensada com um vocal bacana e harmônico, e com uma base instrumental muito bem posicionada.

Seu refrão foi bem cantado à época.



Infelizmente, pouco se sabe sobre seus autores. Ao que tudo indica "Snow & Newland" é mais um daqueles projetos lançados para uma única música e que depois se desfaz - a única informação que temos é que entre seus integrantes estão os italianos Luca Lento e Roberto Terranova.

Ficha técnica
Música: 
Being in Love
"Banda": Snow & Newland
País: Itália
Época: 2001

É sampler/versão? Não
Apareceu em uma coletânea de rádio brasileira? Comando 97 Volume 1, da 97 FM
Minha avaliação pessoal: Legal