"Superstylin'", Groove Armada

Mais uma música que, como outras que já passaram aqui, são - e não sei ao certo o motivo - levadas mais a sério do que a média das dance music.

Groove Armada e "Superstylin'" desfrutaram desse status no começo dos anos 2000. Tocaram bastante nas rádios e fizeram sucesso nos ambientes de vertente mais pop, mas também foram apreciados por quem rejeita o dance e opta pela linha, digamos, menos comercial.



Sim, é claro que se trata de uma obra distante das dances mais classiconas, mas os elementos que constituem as músicas do gênero estão aí - especialmente a batida forte e um refrão que, de certo modo, é cativável.

Apesar de o estouro maior do Groove Armada ter aparecido já há um tempão, cabe registrar que se trata de um grupo ainda em larga atividade - principalmente na Inglaterra, seu país de origem.

Ficha técnica
Música: Superstylin'
"Banda": Groove Armada
País: Inglaterra
Época: 2001
É sampler/versão? Não
Apareceu em uma coletânea de rádio brasileira? Não
Minha avaliação pessoal: Média

"Emotion", DJ Ross

Ao lançar essa música em 2002, DJ Ross estava consolidando uma carreira que se iniciava com seu nome próprio - mas que já tinha uma boa trajetória de sucesso nos bastidores. Afinal, ele foi (e é) um dos DJs/produtores mais importantes da dance music italiana, e trabalhou com nomes como Erika e Double You.

Pois bem, ouçam a ótima "Emotion".



A música é boa porque consegue ser forte do início ao fim, mesmo nas paradinhas estratégicas. Contém um trecho da letra de "Living on my own", de Freddie Mercury - mas o uso da obra do vocalista do Queen se faz de forma incidental, digamos assim, sem se configurar em uma versão.

Vale a pena ouvir.

Ficha técnica
Música: Emotion
"Banda": DJ Ross
País: Itália
Época: 2002
É sampler/versão? Parte da música pega trechos de "Living on my own", de Freddie Mercury
Apareceu em uma coletânea de rádio brasileira? As 7 Melhores Collection e Dance Unplugged, da Jovem Pan, e Energia Premium, da 97 FM
Minha avaliação pessoal: Muito boa.

"I don't know what to do", Tiko's Groove

Trata-se de uma música que fez bom sucesso no início da década atual. E que eu nunca, mas nunca mesmo iria imaginar que era brasileira.


Mais do que isso, paulistana: Tiko's Groove, nome artístico de Alex Sandro Gaspar, é um DJ/produtor com muitos anos de atividade na música eletrônica.

"I don't know what to do" é seu maior sucesso - pintou até na trilha sonora de "Insensato Coração", novela da Globo. Mas há outras obras de destaque e pode-se dizer que a carreira dele como produtor está ainda no início - o primeiro álbum completo, que inclui "I don't know what to do", é de 2010.

Mas aí, falando unicamente do meu gosto pessoal, não acho a música das mais divertidas. Incluo-a numa categoria que comumente cito aqui: músicas bem-feitas, bem trabalhadas, com qualidade instrumental e vocal, mas que não empolga...

Ficha técnica
Música: I don't know what to do
"Banda": Tiko's Groove
País: Brasil
Época: 2010
É sampler/versão? Não
Apareceu em uma coletânea de rádio brasileira? As 7 Melhores 2010, da Jovem Pan, e Vibe 97 Summer Night 2013, da 97 FM
Minha avaliação pessoal: Chata.

"Chiki Chika", Not Real Presence

I got so much troubles on my mind!



Essa tocou bem, mas bem mesmo, no começo dos anos 1990. A música é, digamos, fácil de ouvir: batida forte e uma levada que pode ser chamada de engraçada. Por isso o sucesso.

Pouco se sabe, porém, sobre seus criadores. Ao que tudo indica, o Not Real Presence é mais um entre tantos famigerados projetos que aparecem, lançam um sucesso da dance music e depois se desintegram, com os seus mentores mantendo as atividades em outros projetos.

O que é importante ressaltar é que Chiki Chika faz um sampler de "Oh baby", música engraçada do grupo suíço Yello que ganhou fama pela aparição na trilha sonora de curtindo a vida adoidado.

Ficha técnica
Música: Chiki Chika
"Banda": Not Real Presence
País: Espanha
Época: 1993
É sampler/versão? Pega elementos de "Oh Yeah", de Yello
Apareceu em uma coletânea de rádio brasileira? Ritmo da Noite Volume 1, da Jovem Pan
Minha avaliação pessoal: Legal.

"Something new", Axwell Λ Ingrosso

Continuamos na Escandinávia. Mudaremos apenas da Dinamarca para a Suécia e, mais importante, daremos um grande salto no tempo.

Essa é a música mais nova já trazida ao blog, e arrisco dizer que permanecerá com esse título por muito tempo. Afinal, ela é de novembro de 2014, e estamos em janeiro de 2015.



"Something new" é um dos primeiros singles do duo de produtores suecos Axwell e Sebastian Ingrosso, que juntos formaram o Axwell Λ Ingrosso (sim, o "Λ" faz parte do nome do grupo e, segundo seus criadores, é um símbolo que representa união e tal).

Axwell e Ingrosso lançaram o projeto atual no meio de 2014, após a dissoloução do Swedish House Mafia, grupo no qual tinham a companhia também de Steve Angello. O Swedish durou de 2005 e 2013 e produziu hits como "Don't you worry child" e "Save the World".

Em "Something New", Axwell e Ingrosso mostram que tentarão manter a linha de trabalho do Swedish House Mafia, com músicas não tão fortes assim, e que prezarão bastante uma linha vocal elaborada e bem melódica.

A ver o que vem pela frente.

Ficha técnica
Música: Something New
"Banda": Axwell Λ Ingrosso
País: Suécia
Época: 2014
É sampler/versão? Não
Apareceu em uma coletânea de rádio brasileira? Não
Minha avaliação pessoal: Legal.

"Barbie Girl", Aqua

Sucesso gigantesco, one-hit wonder, crítica ao sistema, apologia ao sistema, Dinamarca nas cabeças, pretexto para uma música da Kelly Key, enfim, tudo isso de uma vez só.



"Barbie Girl" foi lançada em 1997 e tornou-se um furacão instantâneo. Motivos para isso não faltavam: a música é engraçada, tem refrão grudento, batidinha bem estruturada e um clipe também divertido. Tirou o então desconhecido grupo dinamarquês Aqua do ostracismo e os colocou em um patamar de grande sucesso mundial - que, como já destacado, ficou somente nisso.

A letra de "Barbie Girl" ironiza as barbies - ou melhor, a tal apologia ao mundo perfeito que as bonecas fazem. Por isso carrega um quê de crítica/elogio ao sistema, depenendo do gosto do freguês. Quem não gostou muito da história foi a Mattel, fabricante da boneca, que processou o Aqua por uso indevido da marca...

Kelly Key, Edson Cordeiro e o duo inglês Samanda estão entre os que regravaram "Barbie Girl". E certamente deve ter mais gente por aí.

Embora não seja das minhas favoritas, é uma música com seus méritos, isso não dá pra negar.

Ficha técnica
Música: Barbie Girl
"Banda": Aqua
País: Dinamarca
Época: 1997
É sampler/versão? Não
Apareceu em uma coletânea de rádio brasileira? Top Hits da Pan 12, da Jovem Pan
Minha avaliação pessoal: Legal.

"In my mind", Milky

Canção simpática lançada pelo grupo italiano Milky em 2002, "In my mind" tem como principal característica ser dotada de uma base instrumental consistente e bem elaborada.



Além disso, carrega o ótimo vocal da também italiana Giudy.

"In my mind" não é o único e nem o maior sucesso do grupo - a honraria fica com "The way you are", também lançada em 2002 e presente no álbum Star. Mas apesar das boas obras, o Milky não foi muito para a frente, brilhando mesmo só naquele começo da década passada.

Ficha técnica
Música: In my mind
"Banda": Milky
País: Itália
Época: 2002
É sampler/versão? Não
Apareceu em uma coletânea de rádio brasileira? As 7 Melhores 2003, da Jovem Pan, e Comando 97 Volume 3, da 97 FM
Minha avaliação pessoal: Legal.

"Booyah (Here we go)", Sweetbox

Música que, em 1995, abriu a carreira do grupo americano-alemão Sweetbox, ainda em atividade nos dias atuais.

Apesar de conter elementos da sonoridade típica de sua época, "Booyah (Here we go)" é um pouco mais forte. A base eletrônica é, digamos, "suja"; e os vocais femininos, que habitualmente eram empregados mais para o refrão melódico, entram também em cena para um rap agressivo no meio da canção.



Fez bom sucesso na época do seu lançamento e ganhou uma ótima versão que tem como base a melodia do clássico "We are family". Ouçam aí e vejam se, assim como eu, vocês ficam na dúvida sobre qual das duas é melhor.

Como disse no início do post, o Sweetbox ainda existe - mas pouco tem a ver com a época em que lançou "Booyah (Here we go)". Ao longo de todos esses anos, o grupo trocou constantemente de vocalistas, permanecendo na ativa apenas as cabeças por trás.

Ficha técnica
Música: Booyah (Here we go)
"Banda": Sweetbox
País: Alemanha / EUA
Época: 1995
É sampler/versão? Não 
Apareceu em uma coletânea de rádio brasileira? Hot Nine Seven Volume 2, da 97 FM.
Minha avaliação pessoal: Legal.

"Wake me up", Avicii

O blog retoma as atividades e abre 2015 para falar da música que, soubemos hoje pela imprensa, foi a mais tocada nas casas noturnas brasileiras nesse ano que acabou de acabar.

"Wake me up", de Avicii.



A música combina uma levada country e uma batida eletrônica que, embora não das mais pesadas, dá ritmo em toda a canção. Quem canta é o americano Aloe Blacc (que depois lançaria uma versão acústica da música).

"Wake me up" acabou sendo, como tudo o que envolve Avicii, um grande sucesso. Embora com apenas 25 anos, o rapaz está na crista da onda - faz parte do grupo dos grandes DJs atuais, que também Tiesto, David Guetta e outros nomes - e deve emplacar ainda muito mais hits nos anos que virão.

(mas, cá entre nós, não acho "Wake me up" grande coisa.)

Ficha técnica
Música: Wake me up
"Banda": Avicii
País: Suécia
Época: 2013
É sampler/versão? Não 
Apareceu em uma coletânea de rádio brasileira? Não
Minha avaliação pessoal: Média.